Padre é e acusado de violentar colega seminarista
Começou nesta quarta-feira (14), no Vaticano, o julgamento de um suposto caso de abuso sexual em um pré-seminário situado dentro dos muros da cidade-Estado e conhecido por fornecer os "coroinhas do Papa". Os réus são os padres Gabriele Martinelli, 28 anos, e Enrico Radice, 71. O primeiro é acusado de ter violentado um colega no Pré-Seminário São Pio X, enquanto o segundo, que era reitor da instituição, responde por supostamente ter atrapalhado as investigações contra Martinelli. A primeira audiência demorou apenas oito minutos, tempo para ler as acusações contra os réus. A segunda sessão foi marcada para 27 de outubro e já terá o interrogatório dos acusados.
"Pretendemos dar o espaço mais amplo possível para a defesa", assegurou o presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Pignatone.Segundo a denúncia, Martinelli, que era coordenador e tutor dos seminaristas, "abusou de sua autoridade" para forçar a vítima, um ano mais jovem que ele, a praticar "atos carnais, de sodomia e relações orais em diversos lugares". Os crimes teriam ocorrido entre 2007 e 2012, ou seja, quando o réu tinha entre 15 e 20 anos de idade. Ainda de acordo com a acusação, Martinelli era um dos alunos mais velhos do pré-seminário e usava "violências e ameaças" contra seu colega, que foi identificado apenas como "L.G.".
Já Radice é acusado de ter protegido Martinelli e de ter tentado ajudá-lo a escapar das investigações. Ele chegou a enviar uma carta ao bispo de Como, seu superior, afirmando que as denúncias contra o seminarista não eram verdadeiras. O Pré-Seminário São Pio X fica a poucos passos da Casa Santa Marta, residência oficial do papa Francisco, e costuma fornecer seminaristas para ajudar o Pontífice nas celebrações litúrgicas na Basílica de São Pedro. .
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